segunda-feira, março 23, 2009

Cronica Luc Boltanski

Crónica baseada no livro La Jusificacion

Luc Boltanski é sociólogo. Ensina na escola de altos estudos em ciências Sociais. Em 1982 escreveu "les cadres". As suas principais obsessões são: Os quadros, formação de um grupo social (justificado em 1982). As economias dos grandes (1987). O amor e a justiça como competências (1990).
Laurent Therenot é economista e ensina na escola de altos estudos em Ciências Sociais.
Os autores co-escreveram os seguintes livros: As economias da grandeza. A justificação. As economias da grandeza.

Crónica
Vivemos no século da comunicação. Para alguns, o nosso mundo constituiria já uma autêntica "aldeia global", habitada por umas “tribos planetárias”, possibilitadas uma e outra, pelas novas tecnologias de informação e comunicação. Para outros, a sobrecarga de "informação" e "comunicação" não se traduz, necessariamente, na maior aproximação e solidariedade entre os homens, conduzindo antes a novas formas de individualismo."Comunicar" significa "pôr em comum". No processo de comunicação, que simplificadamente podemos entender como a troca de uma mensagem entre um Emissor e um Receptor, os Signos desempenham um papel fundamental. Sem Signos, não há mensagem, nada podemos pôr em comum. Os Signos são tão importantes que se pode (e costuma) definir, de forma essencial, a Semiótica como a "ciência dos signos". A ciência chamada Semiótica, ou teoria geral da produção dos signos, teve origem na Rússia, na Europa Ocidental e na América. A semiótica, actualmente, é um campo de grande amplitude e variedade teórica. O autor Charles Peirce foi o fundador da semiótica.
A sociedade está cada vez mais consumista, a verdade é que nós dependemos muito deste consumo excessivo.
Todos os dias somos bombardeados com novos produtos que a publicidade aplica em máxima.
Somos facilmente submetidos a vontade de outros e , não nos importamos com isso ou, se nos importamos também não fazemos nada para mudar.
A sociedade está cada vez mais reservada, apenas nos preocupamos com o mundo perfeito que criamos para nos sem sermos capazes de olhar em nosso redor.
Somos de uma sociedade dividida em outras tantas sociedades cheias de estigmas e de preconceitos, onde criticamos tudo e todos.
O capitalismo tomou conta de nós. Tenta-mos ser sedutores e seduzidos.
Boltanski fala desta sociedade cada vez mais preocupada com o seu umbigo e como a sociedade está. Tal como muitos filósofos que falaram sobre as suas ideias de sociedade há muitos anos atrás. Se reparar-mos essas ideias ainda se aplicam aos dias de hoje, pouco mudou na nossa sociedade, se é que não piorou.
Acredita-mos em tudo o que nos dizem, principalmente quando se trata dos media. Já pouco desconfiamos e mesmo lembrado a Guerra dos Mundos de Orson Wells, nem mesmo assim a confiança nos media baixou, cada vez mais se vem a acreditar no que os outros dizem.
Tornamo-nos numa sociedade egoísta e cada vez mais a beira de um esgotamento social e económico.
O mundo está a dar passos atrás em vez de seguir em frente, contudo continuamos a afirmar que o desenvolvimento mundial está a avançar.
A meu ver a nossa sociedade está confuso, como se de um barco á deriva se trata-se, preocupamo-nos apenas conosco, criticamos tudo em vez de tentarmos mudar algo e cada vez nos fechamos mais para os outros.
Boltanksi fala da sociedade no seu verdadeiro, no seu eu. Tanto de bem como de mal, mas fala.
Ensina a verdade sobre uma sociedade destruída que pouco mudou ao longo dos anos e dos olhares, da escrita de sociólogos que falaram o que acontecia e continua a acontecer.
Pouco mudou e sinceramente pouco vai mudar, a não ser que a nossa sociedade consumista e egoísta mude, e se decida a olhar mais em volta e a não ficar preso a um mundo de consumos e excessos.

Marta Rodrigues

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